( ) Capitalista ( ) Republicana ( ) Monarquia absolutista ( ) Monarquia socialista
A virtude da temperança seria:_________...
Qual o mérito da virtude da temperança?
De acordo com Hobbes os homens em um estado primitivo, que ele chama estado de natureza, são egoístas. O que esse egoísmo causa para os homens?
Qual a função do contrato social para Hobbes?
De acordo com Hobbes o que é necessário para fazer esse contrato social funcionar?
Você concorda com Hobbes, a saber, que as pessoas, mesmo hoje em dia, se deixadas a agirem livremente serão sempre egoístas? Por quê?
Se as pessoas agirem com temperança elas serão egoístas? Por quê?
O
que é Filosofia?
A
Filosofia nasceu na Grécia antiga, 3000 à 2500 anos
aproximadamente, e surge da preocupação de homens e mulheres em
saber o por quê das coisas, ou seja, o motivo, a razão de ser das
coisas. A finalidade era propiciar uma vida mais racional, menos
mítica. Perguntas tais como:
Qual
a origem do mal?
Quando
morremos tudo morre, ou temos uma alma eterna?
Os
números expressam verdades eternas ou são apenas uma invenção
humana?
Qual
a natureza do poder?
Qual
a natureza da verdade? A verdade é objetiva ou uma invenção
humana?
Devo
fazer o bem sem olhar a quem?
Devo
matar uma pessoa para salvar outra?
O
que é a justiça?
Devo
maximizar a minha liberdade para ser feliz?
Essas
são preocupações que fazem parte da vida humana a muito tempo, e é
de onde parte a Filosofia. Que ao pensar e tentar encontrar soluções
para essas e outras questões tem como objetivo melhorar a vida das
pessoas tornando-as mais prazerosas ao viverem as suas vidas.
Biografia de Thomas Hobbes
Thomas
Hobbes (1588-1679) foi um teórico político, filósofo e matemático
inglês. Sua obra mais evidente é "Leviatã", cuja ideia
central era a defesa do absolutismo e a elaboração da tese do
contrato social. Hobbes viveu na mesma época que outro teórico
político, John Locke, que era defensor dos princípios do
liberalismo, ao passo que Hobbes pregava um governo centralizador.
Thomas
Hobbes (1588-1679) nasceu na Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588.
Foi uma época em que a Inglaterra era dominada pelos Tudors e sofria
o perigo da invasão da esquadra espanhola. Era filho de um vigário e
teve sua tutela confiada a um tio. Estudou em Malmesbury e Westport,
entrando mais tarde em Oxford, cuja educação era de teor
aristotélico e tomista. Mas Hobbes não admirava a filosofia de
Aristóteles. Foi mais influenciado pelas ideias do mecanicismo do
universo e pelo cartesianismo, comum entre os intelectuais da época.
Conheceu o astrônomo Galileu Galilei, cuja ideia, ajudou na
tentativa de desenvolver uma filosofia social.
No
período em que viveu, a Inglaterra vivia a aurora de seu império,
era época da revolução gloriosa, no século XVI, e a marinha
inglesa começava a se fortalecer na conquista dos mares.
Thomas
Hobbes era defensor da monarquia. Por isso, viajou à Paris na
eminência da guerra civil inglesa. Lá, tornou-se professor de
matemática do futuro rei inglês Carlos II. Voltou à
Inglaterra depois da guerra e publicou o seu livro mais famoso,
"Leviatã", em 1651. Mas as ideias de Hobbes não foram bem
aceitas na época, principalmente por ser considerado ateu. Seus
livros foram queimados em Oxford e suas ideias ateístas foram mal
vistas pela Royal Society.
No
livro "Leviatã", Hobbes defendia a tese do homem que, por
viver num estado de natureza onde todos estariam preocupados com os
seus próprios interesses, seria necessária a existência de um
governante forte para apaziguar os conflitos humanos. A guerra de
todos contra todos (bellum omnia omnes) só seria evitada através do
contrato social.
Hobbes
defendia que a igreja cristã deveria ser administrada pelo monarca,
que também poderia fazer a livre interpretação da bíblia, embora
não concordasse com os preceitos da reforma protestante nesse
sentido.
Thomas
Hobbes morreu no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, depois de
ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da
"Odisseia" para a língua inglesa.
Thomas
Hobbes – conduta humana e liberdade
No
Estado de natureza, os homens, fundamentalmente egoístas e tendo
necessidade dos mesmos bens, são fatalmente inimigos entre si (homo
homini lupus),
em luta perpétua e universal (bellum
omnium contra omnes),
em que nem sequer a vida está segura. Pelo seu próprio egoísmo, os
homens são impelidos a sair, portanto, de tal situação, para se
unirem entre si, renunciando aos próprios egoísmos contrastantes.
Entretanto, esse contrato
social
de
não se destruírem mutuamente não teria eficácia contra o eventual
e fatal ressurgir dos egoísmos de cada um, se não houvesse uma
força, um egoísmo maior, capaz de dominar esses egoísmos pela
força. Assim, cada um cede, de acordo, a um poder superior, ao
Estado,
ao soberano, todos os direitos e poderes particulares,
a própria liberdade, para ser por ele protegida contra os egoísmos
individuais.
Aristóteles
e a temperança
A
virtude da temperança,
em uma reflexão mais direta, seria a virtude que visa a moderação
dos desejos, a capacidade de exercer o domínio sobre as nossas
vontades e os nossos instintos e o equilíbrio geral do ser.
Para São
Tomás de Aquino,
padre, filósofo, teólogo e Doutor da Igreja, a temperança era
a virtude que tinha como objetivo a quietude
do ânimo,
fruto da ordem e do equilíbrio interior.
Aristóteles,
filósofo grego e aluno de Platão,
tratou a temperança em um campo mais restrito: o dos vícios
corporais. Para ele a temperança era algo entre
o desregramento e
a insensibilidade,
especialmente no tocante aos sentidos do tato e do paladar.
Todo
o mérito da temperança reside no fato de que o ser temperante é
alguém capaz
decontrolar o seu desejo e não ser controlado por ele.
E essa é uma imensa vitória!
A
temperança não significa a proibição dos prazeres e da realização
das vontades, mas sim o livre desfrutar. Livre por ser moderado e
consciente, não excessivo e desregrado. O
que torna a temperança algo raro entre as pessoas e, por isso, uma
grande virtude, é que a sua prática é muito difícil. Vivemos em
uma sociedade de consumo, uma sociedade carregada por excessos.